Principais Perguntas e Respostas  sobre Ressonância Magnética

  1. A ressonância magnética provoca algum efeito negativo no corpo humano?

Não. Ele é um exame que não envolve radiação ionizante. Para fazer uma ressonância magnética basta a aplicação de um campo magnético e de ondas eletromagnéticas, que não provocam efeitos negativos no corpo humano.

  1. Que tipos de patologias a ressonância magnética é capaz de identificar?

A ressonância magnética é de suma importância no diagnóstico de várias patologias, como as localizadas no sistema nervoso central, no aparelho locomotor, no abdômen etc. Ela é capaz de diagnosticar tumores cerebrais a partir de 1 a 2 mm de diâmetro, ou seja, lesões muito iniciais. Isso é muito importante, pois permite identificar patologias rapidamente, permitindo que o tratamento seja realizado antes que a patologia evolua.

  1. Uma pessoa pode fazer uma ressonância magnética a qualquer momento?

Todo exame médico deve ser precedido de uma indicação clínica. Esta indicação deve ser identificada por um médico assistente (um clínico geral, um ortopedista, um neurologista, por exemplo). O exame deve ser feito a partir de um sintoma ou mesmo pela necessidade de um check-up. Todo paciente pode, assim, procurar um médico assistente e, a partir dessa conversa com o médico e de seu exame físico, pode surgir a necessidade de exames complementares. A ressonância é um desses exames.

  1. A ressonância magnética é parecida com um exame de tomografia?

Eles são bem diferentes. A tomografia, por exemplo, envolve a radiação ionizante, ou seja, a emissão de raios-x. É um exame importante para a identificação de lesões ósseas, por exemplo. Na ressonância o paciente é também introduzido dentro de um equipamento, porém ele não envolve radiação. Apenas o campo magnético. Por isso a consulta médica que precede o exame é muito importante, pois é a partir dela que o médico poderá indicar o exame mais conveniente.

  1. Há alguma contraindicação ao exame de ressonância magnética?

Sim. O paciente não pode ser portador, por exemplo, de qualquer equipamento médico feito de ferro magnético, como um clip de aneurisma cerebral, ou de qualquer outro instrumento capaz de ser atraído por um campo magnético forte. Esses clipes de ferro magnético são os mais antigos, usados em cirurgias no passado. Há muitos anos não são mais usados, mas ainda há pacientes que os tem. Os clipes mais modernos são feitos de materiais incapazes de serem atraídos por um campo magnético. O marca-passo cardíaco também é contraindicado? Sim. Pelos mesmos motivos.

  1. Há outros aparelhos que também geram uma contraindicação?

Sim, algumas pessoas usam monitores de administração endovenosa ou intrarraquiana de substâncias. Eles contêm um cartão de memória, que têm uma programação eletromagnética. Se o paciente for colocado no equipamento da ressonância, o campo magnético pode apagar as informações do cartão ou o aparelho pode deixar de funcionar e ser danificado.

Nesse caso, como evitar que uma pessoa faça um exame de ressonância e algum aparelho seja danificado?

Antes de fazer uma ressonância magnética, todos os pacientes são submetidos a um questionário bastante detalhado, que ajuda a eliminar surpresas na hora do exame. As questões envolvem todas as contraindicações que podem existir e reduzem o risco do exame gerar qualquer acidente. Nenhum paciente é colocado na máquina sem esta investigação.

  1. Mulheres gestantes podem fazer uma ressonância magnética?

Nunca nenhum estudo científico comprovou se a ação de um campo magnético forte é capaz de provocar danos ou má formação em fetos com menos de doze semanas, mas ainda não há um consenso definitivo. Por isso, nós evitamos fazer o exame em gestantes até doze semanas, protelando-o para após esse período. Acima disso, não só não há problemas em fazer uma ressonância como é útil para a verificação de eventuais más formações do feto.

  1. Quanto tempo dura um exame de ressonância magnética?

Um exame de ressonância magnética leva em torno de 15 a 35 minutos para cada segmento do corpo que está sendo investigado, como por exemplo, o crânio, o tornozelo, o joelho, a coluna etc. Por isso, a duração total vai depender da quantidade de segmentos do corpo que precisam ser avaliados.

  1. É necessário algum tipo de preparação para fazer o exame?

Nós recomendamos um jejum de quatro horas antes de iniciar o exame. Se for necessário usar um contraste, ele terá menos efeitos colaterais caso a pessoa esteja com o estômago mais vazio.

  1. Por que algumas pessoas se sentem desconfortáveis ao fazer este exame?

O percentual de pessoas que desistem é muito baixo, de 2 a 5%, que são as pessoas mais sensíveis à claustrofobia, ou seja, o medo de ser colocado em um local pequeno e permanecer imóvel por um tempo. Nós adotamos estratégias para contornar esse efeito psicológico e o índice de pessoas que desistem do exame cai para menos de 0,5% dos pacientes. Mesmo assim, o paciente pode tomar um ansiolítico leve antes do exame, se desejar, para relaxar e quebrar um pouco a ansiedade. A pessoa não dorme, mas fica menos ansiosa.

  1. O que é exatamente o contraste? Ele é uma substância segura?

Totalmente segura. O contraste intravenoso é feito de uma solução de compostos de gadolínio, uma substância que, quando presente na circulação, ressalta as imagens da ressonância magnética. Não há nenhum caso na literatura médica de reação fatal ao líquido intravenoso do contraste.

  1. O contraste é usado em todos os exames de ressonância?

Não. Há casos em que ele é dispensável. Mas, em geral, ele é usado rotineiramente nos exames no crânio e no abdômen, pois ele facilita a visualização de uma patologia. Em um exame de abdômen, por exemplo, ele permite diferenciar um tumor benigno de um maligno.